Os glicídios e lipídios são nutrientes essenciais encontrados nos alimentos e desempenham papéis importantes no corpo humano. Os glicídios, também conhecidos como carboidratos, são compostos por carbono, hidrogênio e oxigênio, sendo a principal fonte de energia para o organismo. Podem ser classificados em monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos, encontrados em cereais, frutas, legumes e laticínios. Já os lipídios, compostos principalmente por carbono, hidrogênio e oxigênio, são conhecidos como gorduras. Eles fornecem energia concentrada, absorvem vitaminas lipossolúveis e protegem órgãos vitais. Existem vários tipos de lipídios, como ácidos graxos, triglicerídeos, fosfolipídios e esteroides, encontrados em óleos vegetais, carnes gordurosas, peixes, sementes e nozes. Os glicídios e lipídios desempenham funções essenciais no metabolismo, fornecendo energia para o corpo e participando da regulação metabólica e estruturação de moléculas.
Quais são os três grupos em que os glicídios podem ser classificados?
Onde podemos encontrar os glicídios na nossa alimentação?
Qual é a função principal dos glicídios no organismo humano?
Quais são os principais tipos de lipídios?
Quais alimentos são fontes de lipídios?
Além de fornecer energia, quais são as outras funções dos lipídios no corpo humano?
Os glicídios, também conhecidos como carboidratos, são alimentos ricos em energia e amplamente encontrados em fontes vegetais, como cereais, raízes, tubérculos, leguminosas e frutas, além do açúcar comum extraído da cana-de-açúcar. Sua principal função é fornecer energia para o organismo, sendo facilmente oxidados durante o processo de respiração celular. Embora as proteínas e os lipídios também possam ser utilizados como combustível, os glicídios são oxidados com maior facilidade. A energia obtida pela oxidação dos alimentos é medida em calorias (cal) ou, mais comumente, em quilocalorias (kcal), em que 1 kcal equivale a 1.000 cal. Os glicídios desempenham não apenas uma função energética, mas também estão envolvidos na formação de estruturas dos seres vivos, como o revestimento das células, substâncias entre as células de um tecido e na estrutura dos ácidos nucleicos, participando, assim, da estrutura dos genes do organismo. A quantidade de calorias consumidas pelo organismo varia de acordo com o nível de atividade física, sendo que quanto maior o nível de atividade, mais calorias são necessárias para repor a energia perdida.
Os glicídios, também conhecidos como carboidratos, podem ser classificados em monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos. Os monossacarídeos, que são açúcares simples, são moléculas menores que não podem ser quebradas pela digestão em glicídios menores. A glicose, um monossacarídeo amplamente utilizado pelos seres vivos como fonte de energia, é produzida pelos vegetais através da fotossíntese e armazenada na forma de glicídios mais complexos. Outro monossacarídeo simples é a frutose, encontrada no mel, que também possui função energética. A galactose está ligada à glicose para formar a lactose presente no leite, sendo também uma fonte de energia.
Os dissacarídeos são glicídios formados pela união de duas moléculas de monossacarídeos. Os principais dissacarídeos incluem a sacarose, lactose e maltose. A sacarose, conhecida como açúcar comum, é o dissacarídeo mais conhecido e doce, presente em bebidas, café, doces e bolos. Sua molécula é formada pela união de uma molécula de glicose com uma de frutose, sendo encontrada principalmente na cana-de-açúcar e na beterraba. A lactose, formada pela união de glicose e galactose, é encontrada no leite e é a principal fonte de energia para os bebês durante a amamentação. A maltose, formada pela união de duas moléculas de glicose, é produzida durante a germinação de sementes, a partir da digestão das reservas de amido, que é um polissacarídeo.
Os polissacarídeos são glicídios de longas cadeias formados pela união de muitos monossacarídeos, sendo considerados polímeros. A celulose, por exemplo, é um polissacarídeo formado por cerca de 10 mil moléculas de glicose. Alguns exemplos de polissacarídeos incluem o amido, que é o polissacarídeo mais utilizado pelas plantas como reserva energética, encontrado principalmente em raízes, tubérculos e sementes. O amido é produzido a partir do excesso de glicose resultante da fotossíntese. Suas moléculas de glicose se unem formando longas cadeias que se associam em grãos microscópicos, com características específicas para cada tipo de vegetal.
Glicogênio, assim como o amido nas plantas, é uma reserva de glicose nos animais, encontrado nos músculos e no fígado, sendo utilizado em períodos curtos de falta de glicose. No entanto, em períodos prolongados, o organismo recorre aos lipídios, que representam uma reserva maior e mais duradoura.
A celulose é o glicídio mais abundante na natureza e desempenha um papel importante na estrutura de sustentação dos vegetais. Composta pela união de moléculas de glicose, a ligação na celulose é diferente daquela encontrada em outros glicídios mencionados anteriormente. Devido a essa diferença, a celulose não é digerida pela amilase dos animais, mas sim por outra enzima chamada celulase, produzida por bactérias e protozoários. Isso explica como os mamíferos herbívoros, como bovinos, cabras e cavalos, são capazes de utilizar a celulose como alimento. Além disso, os cupins possuem a capacidade de digerir madeira devido à ação desses microrganismos em seu sistema digestório.
Existem também os polissacarídeos nitrogenados, que possuem nitrogênio em sua composição molecular. Dois exemplos são a quitina, presente na carapaça dos artrópodes (como gafanhotos, siris, aranhas, lacraias) e na parede celular dos fungos, e o ácido hialurônico, que funciona como uma espécie de cola entre as células dos tecidos animais.
Os lipídios desempenham várias funções importantes no organismo. Eles atuam como uma reserva eficiente de energia, liberando mais calorias por grama do que os glicídios. Além disso, devido à sua insolubilidade em água, podem ser armazenados de forma mais concentrada do que os glicídios, que retêm uma grande quantidade de água. Essa reserva energética é produzida a partir da gordura ingerida na alimentação e do excesso de glicídio, que pode ser convertido em gordura. Essa gordura é depositada nas células adiposas, que se localizam em torno dos órgãos ou na camada mais profunda da pele, formando uma camada protetora. Essa camada também atua como isolante térmico, especialmente em animais de clima frio.
Os lipídios também desempenham um papel na formação das membranas celulares, assim como as proteínas. No tecido nervoso, camadas de membranas sobrepostas funcionam como isolante elétrico para os impulsos nervosos devido ao seu conteúdo lipídico. Além disso, alguns lipídios são responsáveis pela produção de hormônios e vitaminas.
Existem vários tipos de lipídios. Os glicerídios são os lipídios mais abundantes nos alimentos e estão presentes na manteiga, leite, queijo, ovos, banha (gorduras de origem animal) e óleos vegetais. Eles são compostos por glicerol (um álcool) e ácidos graxos (ácidos com longas cadeias de carbono), podendo conter uma, duas ou três moléculas de ácido graxo ligadas ao glicerol. Quando há três moléculas de ácido graxo, o composto é chamado de triglicerídio ou triacilglicerol.
Alguns ácidos graxos possuem ligações químicas duplas entre certos átomos de carbono, sendo chamados de ácidos graxos insaturados. Já os ácidos graxos que possuem apenas ligações simples são chamados de ácidos graxos saturados. Os óleos são ricos em ácidos graxos insaturados, o que os mantém líquidos à temperatura ambiente, enquanto as gorduras, com presença de ácidos graxos saturados, são sólidas. Os cerídios são um tipo de lipídio que inclui as ceras, como a cera do ouvido humano, carnaúba e favo de abelha. Eles são formados pela combinação de álcoois de cadeia longa com ácidos graxos.
Os fosfolipídios, também conhecidos como fosfoacilgliceróis, possuem ácido fosfórico, uma molécula nitrogenada, álcool e ácido graxo. Eles possuem uma região polar, que se mistura com a água (hidrófila), e outra região apolar, que não se mistura com a água (hidrófoba), onde estão os ácidos graxos.Essa estrutura permite que eles desempenhem um papel fundamental na composição das membranas celulares.
Embora não sejam ácidos graxos, os esteroides têm propriedades semelhantes aos lipídios. Eles incluem hormônios sexuais, corticosteroides (hormônios da glândula suprarrenal), colesterol (presente na membrana celular animal e usado na síntese de hormônios sexuais e outros esteroides), sais biliares do fígado e vitamina D.